quarta-feira, 14 de novembro de 2007

ESPANHA III

Madrid merece um post a parte.

A expressao a primeira impressao é a que fica é erronea quando se fala da cidade. Eu sai do metro na Plaza Cibeles, que me disseram ser um simbolo madrilenho. Nao vi nada alem do que vejo em Sao Paulo. O predio do Correios é mesmo o mais impressionante, mas as duas praças com fontes sao muito pequenas e no meio de um transito infernal ficam ainda menores. Muitos predios em reformas também contribuiram para que a paisagem nao fosse tao bela. E as vi em muitos outros monumentos, como a Catedral de Almudena. Ao perguntar a madrilenhos, me disseram que o atual governo esta realmente trabalhando nesse ponto.

Caminhei pelo parque ao lado dela e cheguei ao Museu do Prado, um dos principais da cidade ao lado do Reina Sofia, onde esta atualmente a Guernica, de Picasso; e Thyssen Bornemisza. Nele, esta concentrada a colecao nacional de grandes obras classicas espanholas, representadas principalmente por Velasquez e Goya. Os destaques sao um retrato hiper realista de Rembrandt e O Jardim das Delicias de Bosch. 

Até aqui, nao vi nada na cidade que fosse realmente belo. Somente montes de artistas de ruas por metro quadrado (a cidade consegue ganhar de Paris), tocando todos os tipos de instrumentos. Foi quando vi o Parque Retiro e tomei cerveja e comi pao com chorizo ouvindo alguém tocar saxofone. Um lago repleto de peixes e jardins quadrados e milimetricos, estatuas e um mini coliseu complementaram a paisagem. Logo na saida, dei de cara com a Porta de Alcala, o mini Arco do Triunfo da capital. 

Resolvi entao rumar ao centro velho. Passei antes pelo Palacio Real, que tem belos jardins; a Opera e a Catedral de Almudena, que mistura na medida o velho e o novo, é moderna e uma das mais bonitas que ja vi até agora. Sua altura e luxuosidade é impressionante. Mas impressionante também é a estatua do papa Joao Paulo II, em uma de suas entradas, que recebe flores até hoje e ficou lotada delas quando sua morta foi anunciada.

A partir dai, mais perto do centro, é que a cidade é invadida por outra atmosfera. Repleta de ladeiras e pequenas ruas, é possivel encontrar em cada esquina uma construcao diferente, uma pequena igreja, um monumento e uma loja de souvenirs. E la esta novamente a elegância dos espanhois, as roupas formais, o ar saudosista, as boinas masculinas. Muitas flores nas sacadas e inscricoes de escritores da academia do pais no chao. Parece que o tempo parou.

Os arredores da Plaza Mayor é onde se concentram os bares. Neles, você pede uma cerveja e ganha um aperitivo, que pode ser batata ou pequenos frutos do mar. A hospitalidade espanhola consegue chegar perto do Brasil. O gosto pela cerveja, também. 

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