quarta-feira, 24 de outubro de 2007

A CAPITAL I


Paris, como São Paulo, repele, mas envolve. A minha primeira impressão da cidade foi um grande engarrafamento devido a final da Copa do Mundo de Rugby, que este ano foi sediada na França, potencializado pela greve dos trens e outros meios de transportes publicos (ela durou quatro dias). Os ingleses, literalmente, invadiram a cidade. Em toda a rodovia so se via bandeiras inglesas, nada anormal vindo de um dos paises que mais adoram o esporte.

Entrei pelo norte da cidade e pude ter uma idéia dos bairros populares, com as feiras de rua na calçada com barracas parecidas com as dos camelôs paulistas. Em alguns, ha muitos roubos, drogas e prostituição, como Les Halles. Logo, vejo uma noiva entrar em um carro. Sim, estou mesmo em Paris.

O metrô intimida para quem anda nas quatro grandes linhas paulistas. Aqui, são vinte e duas e elas são completamente integradas com os trens. Neles, é bom ficar alerta com bolsas por causa dos roubos. Ha, logicamente, muitas estações que fazem a baldeação para diversas outras linhas e são um verdadeiro laibirinto de tuneis.

Somente relaxei quando cheguei a estação Notre Dame, no sul da cidade, onde estão concentrados os maiores monumentos. Nesse primeiro final de semana, preferi fazer o circuito classico, mas sempre caminhando e me perdendo pelas pequenas ruas, como os parisienses. Pude comprovar que essa marcha sem rumo esta inserida no cotidiano dos habitantes ao perguntar para uma francesa onde era o metrô mais proximo. A resposta: 'Não sei. Eu somente estou passeando'. Com um ar tranquilo como o do sabado de sol.

Mapa aqui é essencial, pois trombar um estrangeiro na rua que não sabe tanto quanto você ao pedir informação é altamente provavel. Principalmente perto dos grandes pontos turisticos. E ainda ouvir um nao apos perguntar se speak english, parle français ou hablas espanol.

Em Notre Dame, me deparei com os turistas japoneses que descarregam fotos em seus laptops até dentro da catedral, além das filas apenas para subir nas torres. Non, merci. E, apos admirar sua construção, esculturas e quadros continuei minha caminhada pelas margens do Sena até que cheguei na ilha no meio do rio, um poço de tranquilidade com um pequeno parque e uma bela vista da cidade. Todos adoram, num dia de sol, descansar, comer e conversar nesse e nos pequenos espaços ao lado das margens. E as pontes, com suas esculturas e luminarias, são uma beleza a parte que devem ser admiradas durante o dia, anoitecer e a noite.

E cheguei ao Museu do Louvre, uma construção cheia de detalhes e esculturas como Notre Dame devidamente fotografados. Vi sua pirâmide, bem em frente ao Parque Tuileries, que termina na avenida Champs-Elysées e merece um passeio despreocupado para ver suas esculturas e grandes jardins, comendo crepe e bebendo café.

Até que vi a Torre, do outro lado do Sena. Mas para isso, tive que me desviar dos beijos apaixonados de montes de casais que povoam a cidade. E um simbolo disforme se comparado a beleza classica da cidade, mas que impressiona por tudo que representa: a cidade e o pais.

A noite é realmente luminosa. Não ha como fugir do lugar comum da cidade das luzes. E; em um dia de sol, o céu esta ainda claro, sem nuvens e a lua aparece ja bem alta e cheia de luz. Ela pediu um passeio de Bateau Mouche, o famoso barco turistico de dois andares que faz um percurso de uma hora pelo Sena com um andar aquecido embaixo, todo fechado com vidros, e outro aberto em cima, onde se passa frio se não estamos devidamente preparados. Dele, vi a torre, brilhante e iluminada. Otima vista para terminar a noite.

Mas ela não havia terminado. Havia mais um engarrafamento cheio de motoristas estressados e que fazem verdadeiras loucuras no volante para se desviar dele até o norte da cidade.

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