Bem que minha tia disse: "você com certeza vai ver mais de uma manifestação na cidade enquanto estiver aqui". E então, após a dos Sans Papiers na Praça da República, vi ontem a de diversos sindicatos de categorias do trabalho público, mas, principalmente, a dos funcionários dos trens, que entraram em greve em diversas cidades juntamente com, em menor quantidade, outros meios de transporte, como metrô e ônibus, além de escolas maternais.
Entre as organizações, o muito bem representado CGT, a SNES-FSU, a SUD Solidaires, a UNSA e Sud Collectif Territoriale. Nenhum TGV circulou na região e os trens regionais tiveram tráfico reduzido. As garagens ficaram vazias e a paralização repercutiu em Paris, onde até as locadoras de bicicletas ameaçaram fechar.
Hoje, os jornais dizem que cerca de 5 mil pessoas em Lille e 200 mil na França desfilaram nas ruas principalmente contra a reforma de regimes especiais de aposentadoria e as numerosas supressões previstas no funcionalismo público. O governo acredita que há pessoas trabalhando em áreas onde a tecnologia já superou a mão-de-obra humana, gerando ônus.
Cartazes lembraram a polêmica decisão do governo sobre os testes de DNA para filhos de imigrantes e um desfile de carros da empresa Gaz France protestou contra a fusão da estatal.
Muitas bandeiras de Che Guevara e dos respectivos sindicatos coloriram a massa de opositores do governo, onde idosos e estudantes desfilaram lado a lado ao som do Rap e do hino da KGB. O comboio percorreu um caminho extenso que começou na praça da prefeitura da cidade, passou pela Grand Place e foi até o centro.
Gás lacrimogênio, animação e buzinas deram arte-final ao dia em que o presidente Sarkozy renunciou.
Ao seu casamento, diga-se.
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
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